No Brasil,
líder do IBM Watson traça rumos da computação cognitiva...
As transformações trazidas por máquinas inteligentes e algoritmos
estão apenas no começo. Gigantes como Amazon,
Facebook, Google, IBM e Microsoft apostam
suas fichas na evolução do conceito, que deve ser um ponto de inflexão no
horizonte da tecnologia da informação.
“O impacto anual gerado pelo
desperdício de recursos no mundo é de US$ 2 trilhões. Olhando para isso, é
inegável o potencial trazido por ferramentas de inteligência artificial na
criação de negócios mais efetivos, reduzindo gastos e tornando estruturas mais
eficientes”, comenta
David Kenny, general manager responsável pelo Watson.
O
executivo se uniu à Big Blue com a compra da Weather Company. Em visita ao país, ele reservou
uma hora em sua agenda para conversar com Computerworld Brasil.
Na entrevista, deu alguns direcionamentos com relação a sua visão de futuro
para a computação cognitiva.
“O Watson não dará respostas, mas ajudará a formular as questões
certas para que os humanos encontrem melhores soluções”, defende Kenny. “Ele
vai ser parte do processo criativo”, projeta, sobre o que enxerga
com relação ao futuro de sistemas de inteligência artificial.
Em outras
palavras, o executivo não acredita que a tecnologia encontrará a cura do
câncer, mas ajudará a economizar tempo e a direcionar as pesquisas dos
cientistas. Com o uso da inteligência artificial, as pessoas terão tempo para
ir mais a fundo em diversas disciplinas do conhecimento.
Mas isso pode acarretar na
substituição de milhões de trabalhadores por robôs, não? Kenny reconhece que há
uma responsabilidade de governos e fornecedores de tecnologia para encontrar o
ritmo da revolução trazida pelas máquinas. “A tecnologia vai criar empregos
mais intelectuais, mas é preciso ter cuidado com a velocidade da evolução”,
afirma.
O diretor
listou três frentes onde enxerga que o Watson tem grande potencial. A primeira
área é a de serviços que exigem interação com clientes, a exemplo do projeto
que vem sendo tocado pelo Bradesco em sua área de call center. Outras empresas devem
adotar a tecnologia no futuro, uma vez que o computador “não fica cansado, nunca dorme e
não cobra por hora extra”, cita.
Outro segmento é de cumprimento de políticas, ajudando empresas a
preparar e seguir regras pré-estabelecidas e evitar irregularidades. Por fim, o
executivo afirma que há imenso potencial de aplicação da solução de temas
relativos a análise de riscos, usando como base dados e variáveis para criar
cenários preditivos.
NOVO MODELO:
A IBM já possui diversos clientes para o Watson. No Brasil, a lista de
casos públicos contempla nomes como Bradesco e Mecasei. Sem revelar detalhes, o
diretor afirma que a empresa trabalha junto outras empresas em território
nacional. Um dos planos é criar conhecimento em verticais para ajudar a
disseminar a tecnologia.
Kenny afirma que muitas empresas analisam casos específicos para ver como a plataforma pode contribuir com seus negócios. “O momento é de ganhar tração”, sintetiza. Nesse processo, o executivo afirma que os líderes corporativos de TI precisam acompanhar de perto a tendência e assumir um papel de habilitador de novos conceitos.
“A inteligência artificial vai
criar uma fusão maior entre tecnologia, negócios e clientes das empresas. Por
isso, as decisões têm que ser conectadas e a tarefa do CIO é orquestrar esse
processo de forma fluida de forma que coloque a companhia em posição de
destaque na próxima revolução industrial”, conclui.
David Kenny vê inteligência artificial
como fundamental na formulação de “questões certas” para a solução de problemas
complexos
Fonte: COMPUTERWOLD
Nenhum comentário:
Postar um comentário