sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

SAÚDE COGNITIVA - Um paciente da oncologia gera 1 terabyte de dados por dia...

Qual a dimensão dos dados extraídos do DNA, onde estão armazenadas as informações genéticas de todos os seres vivos? E por que é tão importante que o genoma humano seja analisado pela computação cognitiva? A resposta pode estar em pesquisas conduzidas no mundo todo desde a década de 1980, em prol do Projeto Internacional do Genoma Humano, do qual o The National Human Genome Research Institute é uma das referências mundiais. 


Cientistas da IBM, envolvidos em projetos de computação cognitiva na nuvem, trabalham há pelo menos dois anos com pesquisadores do New York Genome Center para desenvolver recursos que ajudem os oncologistas oferecer atendimento mais personalizado aos pacientes com câncer. No Brasil, a IBM e o Fleury Medicina e Saúde deram um passo à frente na medicina de precisão. O Fleury Medicina e Saúde será o primeiro parceiro da unidade IBM Watson Health na América Latina. 

O trabalho das duas empresas será focado em testes para validar o Watson for Genomics como uma ferramenta de auxílio na tomada de decisão de profissionais de saúde no âmbito da assistência personalizada. O Watson for Genomics é uma solução da IBM, baseada em cloud computing, que alia os recursos da computação cognitiva para identificar fármacos e estudos clínicos relevantes baseados em alterações do DNA de um indivíduo e informações extraídas da literatura médica.

O uso da computação cognitiva para a análise do genoma tem surpreendido médicos e pacientes por disponibilizar evidências para que identifiquem tratamentos mais precisos, auxiliando a tomada de decisão clínica. Os primeiros resultados, que não seriam possíveis sem o avanço da computação cognitiva, vêm impactando as áreas de oncologia e farmacologia, pela clareza de informações que auxiliam médicos a identificar doenças raras e outras enfermidades de forma mais precisa. 

No âmbito da medicina personalizada, a computação cognitiva é mais que uma aliada dos médicos. Consegue organizar uma infinidade de dados e informações contidas em painéis de genes, oferecendo um cenário muito mais amplo sobre informações clínicas e detecção de variantes relacionadas a possíveis mutações. 

Até 2020, o volume de informação médica dobrará a cada dois meses e meio. Um exemplo é o tratamento de oncologia. Hoje um paciente de câncer gera cerca de 1 TERA de dados por dia, com exames, equivalente a 50 celulares de 168 giga de memória, sendo que apenas 0,5% destes dados são avaliados. Outra importante questão que está ligada ao big data é a atualização médica. 

De acordo com o volume de estudos e artigos médicos que são publicados periodicamente, para manter-se atualizado o médico deveria estudar cerca de 167 horas por semana (são 7 dias). O resultado é que menos da metade das decisões dos tratamentos de câncer são decididos baseados em artigos médicos. A computação cognitiva passa a ser um grande aliado para que médicos possam utilizar esse volume de informações em benefício dos pacientes, proporcionando assistência personalizada e tomando decisões cada vez mais baseadas em dados científicos. 

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