sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

IBM traz para o Brasil o método Bluemix Garage

IBM traz para o Brasil o método Bluemix Garage...


Ter acesso às APIs da IBM Cloud para Computação Cognitiva, Internet das Coisas, dados não estruturados, social media, Blockchain e outras tantas tecnologias emergentes é fácil. Elas estão todas disponíveis em uma espécie de market place digital. Difícil é encontrar ajuda para transformar a solução para o problema de negócio idealizada nas seções de Design Thinking em uma prova de conceito funcional, pronta para ser colocada em produção e escalar na nuvem pública, privada ou híbrida.
Foi para suprir essa lacuna no mercado de oferta de serviços, entre a consultoria e a contratação da solução ideal, que a IBM Brasil trouxe para o país a sua metodologia Bluemix Garage, materializada em um espaço de co-criação de MVPs (Minimum Viable Products) que vão muito além da metodologias ágeis de desenvolvimento. Para muitos clientes, o objeto do experimento pode até não ser um software em si, mas outros componentes que permitam validar hipóteses de negócio.
"A gente parte do princípio de entender quais são as necessidades de negócio da empresa, ajudar a chegar a algumas alternativas de solução do Design Thinking e aí partir para a prototipagem rápida. É aí que entra a Garagem", explica Mauro D'Angelo, diretor de Soluções de Indústria da IBM Brasil. Mas, diferente de outros laboratórios digitais, a Garagem IBM pode chegar a desenvolver uma solução pronta para entrar em operação, em função do uso das APIs BlueMix.
Segundo D'Angelo, os grandes clientes estão cada vez mais levando fornecedores como a IBM e alguns de seus concorrentes a rever seus modelos de oferta de soluções. Tanto o marketplace de APIs do BlueMix quanto o hub Garagem partem de necessidades do mercado, de clientes ávidos por adquirir produtos e serviços que, comprovadamente, resolvam seus problemas, no menor tempo possível. 
Primeiro na América Latina, o espaço Garagem 11.57 (o número é uma alusão ao endereço da IBM na Rua Tutóia, em São Paulo) foi inaugurada formalmente nesta quarta-feira, 15 de fevereiro. As práticas são as mesmas das outras garagens IBM espalhadas pelo mundo (como as de Nova York e São Francisco, nos EUA, Melbourne, na Austrália e Tóquio, no Japão): criar uma ponte entre a escala das empresas e a cultura das startups, para venda de soluções IBM. Por trás da inciativa está a ideia de que mais do que a forma específica que o MVP toma para um determinado experimento, o importante é a criação da cultura de experimentação que permite o aprendizado e a prova de conceito, gastando a menor quantidade de recursos e tempo possível.
No Brasil, além da construção de aplicativos nativos na nuvem que interajam com recursos de IoT, Blockchain e IA (incluindo aí reconhecimento de imagens, Text-to-Speech, assistentes cognitivos para conversação, etc), um dos focos é o design e desenvolvimento ágil de aplicações para dispositivos móveis.
O prazo entre a entrada de um projeto até a sua entrega é de semanas (de 4 a 8, dependendo da complexidade). E a precificação segue o modelo de recuperação de custos. "O objetivo do Garagem não é lucrar. É ajudar a vender soluções que resolvam os problemas de negócio dos nossos clientes", explica Agostinho Villela, CTO do ISST e Gerente do Client Center da IBM América Latina, responsável pela gestão da iniciativa. Portanto, o custo de cada projeto depende do tempo e do esforço demandado dos garagistas. "Mas procuramos tratar isso de forma rápida. Não 'o custo o mais importante e sim tudo o que o projeto nos trará de ganhos futuros", explica Villela.


Segundo o executivo, a porta de entrada para uso da Garagem 11.57 é o resultado do processo de Design Thinking, seja de clientes IBM de longa data, seja de futuros clientes. Muitas vezes o cliente já se definiu, já tem um projeto interno que ele quer testar. Muitas vezes ele está na dúvida do melhor caminho a seguir, e deseja fazer provas de conceito.  "Mas qualquer necessidade trazida pelos clientes e não clientes passam por uma reunião de debates para que sejam validadas antes de serem encaminhadas para a nossa equipe de garagistas", explica Villela. 
Interessados devem saber que, antes mesmo da inauguração, a equipe de garagistas já estava lidando com um número de projetos considerável. O que, provavelmente. pode levar a um prazo de espera para uso do espaço. 

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